Resenha: A Thousand Boy Kisses - Tillie Cole
- Malu Oréfice
- 11 de out. de 2016
- 3 min de leitura
Lenços preparados? Porque essa resenha é de um livro que vai fazer você chorar!
A resenha foi escrita pela amada Giselle, do grupo "Resenhando com a Gi" :)
Essa resenha é diferente porque ela é carregada de emoção e sentimentos, igual o livro!

Sabe de uma coisa, não lê não.
Que isso Gi?
É isso mesmo, não lê não...
Mas o que é pra não ler, o livro ou a resenha?
Os dois.
Na dedicatória um desafio: "Para os que acreditam no amor verdadeiro, épico, destruidor de alma. Este é para vocês."
Vamos à resenha:
Estamos no jardim e nesse momento sou a pedrinha que acaba de ser chutada por um garotinho que tem longos cabelos loiros e olhos azuis cristalinos. Ele têm 5 anos de idade, está emburrado e toda sua raiva por ter se mudado da Noruega para Geórgia acaba de ser descontada em mim, a pobre pedrinha.
O menino se chama Rune e segue resmungando em direção à entrada de sua casa até que avista no jardim da casa ao lado uma alegre menina de vestido azul e botas de chuva amarelas. Ela também o vê e sorridente se aproxima para por em prática o que sua avó lhe ensinou, ela estica sua mão.
Ele não responde, parece estar hipnotizado pela menina com grandes olhos verdes, laço branco no cabelo preto e lama no rosto...
Sim, lama, resultado de uma de suas inúmeras aventuras.
A aventureira se chama Poppy, também têm 5 anos e assim que consegue quebrar o gelo com o menino invocado, se anima ao descobrir que acaba de conhecer um viking de verdade e não perdendo tempo logo o convida para suas aventuras.
A pedrinha aqui embarca nessa também, uma hora me disfarçando de flor de cerejeira, em outras de câmera fotográfica e até mesmo de tampa de pote, mas em todos os momentos, eu estou lá, acredite...
Rune e Poppy chegam aos 8 anos de idade como amigos inseparáveis e vivenciam bons e maus momentos, assim como a vida deve ser...
Ela fala... Ele escuta... Ela chora... Ele sente... Ele deseja o sorriso dela...
Vovó foi para casa...
E Poppy agora tem uma nova aventura, a maior de todas, a aventura da vida.
Rune não entende. O que um pote pode representar?
Lembranças... 1000 lembranças... Mil beijos-de-menino.
Não simples beijos, bitoquinhas ou afins... No pote apenas beijos de explodir corações!
E o que isso significa Rune? Você entendeu? Estou em cima daquela árvore, com minhas pétalas agitadas... Faça alguma coisa!!!
Ele faz...
E meu coração quase explodiu.
O tempo passa, nossas crianças estão com 15 anos e tornaram-se lindos adolescentes, ele desejado pelas meninas, ela, invejada pelas mesmas meninas, mas ele não liga, só tem olhos e câmera pra sua doce Poppymin que segue emocionando plateias tocando seu violoncelo.
Rune me usa para registrar momentos e antes de pular a janela em direção ao seu coração, ele sempre revela os sentimentos que jamais pretende esquecer.
Amor... do mais puro...
Geórgia para sempre! Não, Noruega mandou voltar...
Subestimaram o amor. Ela chora e ele morre por dentro. Eles precisam suportar o injusto mundo adulto.
Injusto e de revoltar, concordo.
Mas eles vão superar, não vão?
Beijo 355 me faz suspirar e o 356, sofrer... a gente sente a dor, que loucura.
Mas eles vão superar! Os beijos vão esperar.
A aventura pede pausa!
Tem telefone e internet para ajudar, mas o menino emburrado voltou com força total e eu que não sou boba nem nada, resolvi não me disfarçar de pedra, melhor não arriscar.
Dois meses ouvindo a voz que aquecia o coração foram substituídos por dois longos anos de silêncio e dúvidas... Poppy silenciou!
Meu Deus, e o amor? E as promessas? O que houve?
Chegamos aos 17, dois anos sem notícias, mas com muita revolta. Para Rune, a companhia de um cigarro. A câmera ficou pra trás, assim como seus sonhos e aventuras.
Noruega para sempre! Não, Geórgia mandou voltar...
Eu vibrei, temos um pote para encher, corações para explodir, cerejeiras e nascer do sol para apreciar, mas não seria tão fácil assim.
O coração estava quebrado, Rune, não era mais Rune...
Poppy tentava se manter Poppy...
E eu, mal sabia o que estava a me esperar...
Xinguei a Camila, ela me indicou essa história; Perdi a aposta pra Mari, eu jurava que não iria chorar;
Mas agora já era tarde, eu queria saber no que ia dar...
Fomos juntos ao bosque, pulei a janela e me disfarcei de cobertor para assistir o nascer do sol, eu não perderia "nada" por nada, nem o 820, muito menos o 995 que foi tão especial quanto especial pode ser.
Chega de disfarces, sou toda lágrimas.
Eu falei, não leia.
Mas eu li, e nossa... que bom que também sou desobediente.
Eu não só amei, como fui no céu e voltei.
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