Resenha: A Garota do Calendário (Janeiro) - Audrey Carlan
- Carol Paim
- 11 de jun. de 2016
- 5 min de leitura

Detalhes do livro
Sinopse:
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser. Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.
*~*~* CUIDADO VOCÊ PODE ENCONTRAR ALGUM SPOILLER *~*~*
Faltou um ‘algo a mais’
A garota do calendário foi a série mais comentada e aguardada nos últimos três ou quatro meses. Disputada pelas maiores editoras, a venda dos direitos de publicação dessa história envolveu valores astronômicos. Para os leitores brasileiros, ao saber disso, fez nascer um burburinho de que a história era tão boa, que a autora Audrey Carlan poderia ser a nova J. K. Rowling dos romances eróticos. Desculpe minha grossa sinceridade, mas falta muito (e digo MUITO mesmo) para isso.
O primeiro livro da série, que me foi gentilmente dado pela Verus Editora, conta a iniciação da Mia, a personagem principal, no mundo das acompanhantes de luxo. Logo nas primeiras páginas o que vi foi uma personagem sem muitos atrativos em questão de personalidade.
Ela conta sobre suas desilusões amorosas, conta um pouco sobre o seu pai e sua irmã e conversa brevemente com sua melhor amiga. Nesse primeiro dialogo percebi o fato dela ter uma baixa auto estima com relação ao seu próprio corpo. Se bem que, qual mulher não tem um pé atrás com o próprio corpo, não é mesmo?.
Em seguida entra em cena uma personagem que me chamou mais atenção do que a própria Mia, a sua Tia Millie, que nada mais é do que a dona da agência de acompanhantes chamada Exquisite Acompanhantes de Luxo (nome feio pra caramba, na minha nada humilde opinião).
A tal tia é irmã da mãe de Mia e é retratada como um senhora muito bonita, bem cuidada e rica. De inicio achei que ela poderia ser a ‘fada madrinha’ de Mia, aquela que viria para transformar a sobrinha em princesa de contos de fada. Mas algumas coisas me chamaram a atenção, como a Mia deixar claro que a Tia nunca gostou do pai dela, como a tia que é tão rica e bem sucedida não ter se oferecido em nenhum momento para emprestar o dinheiro que a Mia precisava e principalmente me chamou a atenção a última frase do primeiro diálogo entre as duas:
“ — Vou fazer isso — Ouvi-me sussurrar.
— Claro que vai. — Ela olhou pra mim por cima do computador. Seus lábios se abriram em um sorriso torto. — Você não tem outra opção se quiser salvar o seu pai.”
Na hora meus olhos se arregalaram e minha mente gritou: TEM TRETA AÍ!
Algumas suposições compeçaram a surgir na minha cabeça. Vocês podem perceber que essa tia ao invés de fada madrinha está parecendo a bruxa má? Será? Não sei, mas me instigou a querer ler os outros livros e descobrir se minhas suspeitas possuem fundamento.
Voltando à história, temos então Weston. Lindo, maravilhoso, fofo e delicioso, Wes. Como na maioria dos romances eróticos, o personagem masculino é um Deus. Confesso que estou esperando que pelo menos um dos doze clientes da Mia seja feio, barrigudo, careca e que não se apaixone por ela, porque não será justo ela passar um ano atendendo as necessidades de Deuses Gregos podres de ricos, pois isso não será emprego, e sim benção que todas iriamos quer. (Onde faço minha inscrição para a Exquisite???)
Wes é um personagem carismático e os diálogos entre ele e a Mia nos envolvem na leitura. Apesar da tensão sexual que paira, as conversas são fluidas e fáceis. O envolvimento amoroso é previsível, assim como o fato da Mia acabar na cama com Wes. Eu não a culpo, afinal ele é um belo espécime masculino.
Se bem que, ela diz que não vai transar com ele e na mesma noite vai pro quarto dele ele e tira a roupa? Sério? Poderia ter tentado ser um pouco mais firme em suas decisões, garota. Porém eu realmente não a culpo por isso. Além disso, ela é contratada como acompanhante de luxo, vai para a cama do cliente e tudo que ele parece querer é dar prazer a ela. Quem não iria quer ganhar uma grana preta e de brinde, vários orgasmos? (Oh! Eu quero!)
O final já era esperado, assim como o fato dele ter oferecido o dinheiro e ela negado, e o fato deles deixarem no ar a possibilidade dela voltar pra ele quando tiver juntado o dinheiro que precisa.
Resumindo, rezo para que a autora trabalhe em personalidades diferentes para cada um dos clientes, pois eu odiaria ler os próximos livros e achar que se trata do mesmo personagem, só que com nome diferente. Quanto a Mia, minha oração é ainda mais fervorosa para que a autora de ALGUMA personalidade para ela, pois aos meus olhos ela pareceu o que eu chamo de personagem picolé de chuchu; insonso, insipido e inodoro. Do tipo que no momento em que fecho o livro, já não lembro mais do nome, das características físicas e muitas vezes, da própria história. O que seria uma pena, pois a história em si não é ruim, apenas totalmente previsível e como tentativas falhas de humor. Senti a falta de algo que realmente desse aquele toque de ‘Caraca véio’. Por ser o primeiro livro da série, dou-lhe o benefício da dúvida e um voto de confiança no que se trata do próximo livro.
Falando em próximo livro, li o capítulo um do livro Fevereiro e meu primeiro pensamento foi: MAS QUE VADIA! Sim! Eu achei a Mia uma vadia já no primeiro capítulo e achei o Alec Dubois uma delicia. Ele é francês, moreno, cabelos longos, com barba e totalmente intrigante e instigante. Não terá como não gostar dele. Só espero passar a gostar da Mia também, ou não vai ser fácil ler doze livros com ela.
Minha nota para o livro A Garota do Calendário — Janeiro?
6,5 (Foi uma média, pois o Wes merecia um 9, já a Mia…)
Se eu indico?
Pra falar a verdade, eu indicaria muito mais para saber a opinião alheia, do que pelas qualidades do livro. Não é um livro que vai te deixar de ressaca ou ficar na sua mente muito tempo após a leitura.
Que venha o próximo livro, porque apesar de tudo, fiquei realmente curiosa sobre a tal tia Millie com jeito de bruxa má disfarçada de fada madrinha!
PS.: Preciso fazer um agradecimento especial ao Tiago Mlaker, editor da Verus Editora, que disponibilizou a prova não revisada para que eu pudesse ler e dar minha humilde opinião sobre o livro. Eu realmente fiquei maravilhada com esse gesto. Obrigada. Se houverem outros livros (dessa série ou não) a resenhar, estarei aqui! (Não custa deixar a porta aberta, né?!)
Abraços a todos e até uma próxima resenha!

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