ResenhAyla: Toxic Girl - Chantal Fernando
- Malu Oréfice
- 10 de mai. de 2016
- 5 min de leitura
Queremos dar uma cara nova ao Quem Mexeu no Meu Livro, e com isso nada melhor que a ajuda dos nossos amados parceiros!
O Nosso "quadro" ResenhAyla é composto por resenhas da nossa amada Ayla Meireles, membro do QML.

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Livros pra ler quando se está: com tesão, sem tesão, triste, feliz, tensa, com tempo, sem tempo, etc
Vamos inaugurar o nosso especial ?

Toxic Girl - Chantal Fernando
Finalmente, eu tinha um novo começo. Eu não conhecia ninguém. Eu poderia ser qualquer um, ou assim eu pensava. Eu queria ser invisível, para me misturar com o fundo. Mas acabou que manter o meu segredo não era tão fácil como eu pensava que seria. Coloque Grayson Mills. Quando Grayson reparou em mim, assim como todos os outros. Ele me queria. e o que Grayson quer, ele geralmente tem.
Resenha:
Sem Spoiler
Eu sou fã de carteirinha da Chantal! Todos os livros dela são leves, fáceis de ler e “hot” na medida certa!
Toxic Girl é delicioso, ideal para aquele momento que vc acabou de sair de um livro intenso ou cheio de reviravoltas, pq é um romance suave, com poucos picos de emoção.
O livro conta a história pela ótica de Paris, uma menina que teve a infância marcada pela perda dos pais e que tinha uma relação próxima com a irmã e o irmão até que umas coisas aconteceram e ela se viu sozinha em uma outra cidade, frequentando uma universidade onde não conhecia ninguém (a verdade é que ela queria muito que ninguém a notasse), com um trabalho, digamos, pouco confortável mas extremamente necessário, pq ela tem uma dívida enorme pra pagar pela irmã.
Tudo estava de boa na lagoa, até que o Grayson apareceu lindamente na história. Ele além de lindo, é rico e extremamente popular no campus.
Mesmo com uma resistência inicial da Paris eles partem para um relacionamento, mas com uma tensão que paira constantemente, já que ele tem alguns motivos bem inusitados para estar no relacionamento (além de uma ex-namorada insistente e chata pá kct) e ela tenta esconder seu trabalho pouco “usual”.
As coisas são construídas de uma maneira bem sólidas pela autora no início, e aos poucos tudo vai se desconstruindo, não de uma maneira angustiante e cansativa, na verdade o livro é bem dinâmico, sem enrolação e dramas exagerados.
A primeira grande reviravolta acontece quando o Grayson descobre o trabalho da Paris. Mas o furacão se arma de verdade quando a irmã, London, aparece na história e aí bate aquele friozinho na barriga e você chega a se perguntar se de fato o Grayson é o cara bacana que a gente pesava que era.
Eu acho que a Paris deveria ter ficado enfurecida e rodado a baiana um pouco mais nesta parte da história, mas como eu disse em Toxic Girl a Chantal preferiu ir direto ao ponto, o livro é quase matemático de tão direto....rs...
Enfim, o grande problema se resolve, e outros menores surgem pq a felicidade alheia atrapalha as almas impuras, né minha gente?!
E no “gran finale” tudo fica lindo, tudo fica fofo e todo par de chinela véia acha seu pé descalço.
Se você quer uma leitura simples, gostosa, e evolvente em um nível “posso-ler-e-viver-a-minha-vida-sem-morrer-de-ansiedade” aposte em Toxic Girl e se divirta com mais uma pérola da Chantal.
Com Spoiler
Achei o livro beeeeem legal! Não é uma obra prima, mas tem seus momentos.
A mocinha é bem resolvida, não toma desaforo, mas também não é aquela Brastemp toda (essa da Brastemp é véia...pras novinha corre pro Google/YouTube q ceis vão entender o lance...hihi).
O cara tem seus altos e baixos, mas como ele se mostra bem apaixonado eu relevo uma coisa ou outra, mas confesso que eu passei umas cinquenta páginas querendo dar nas fuças dele.
Quando ele encarou numa “médio boa” o trabalho da Paris, eu meio que amei ele um pouco. Eu sei, eu sei, ele não tem que gostar ou não gostar de porcaria nenhuma pq o trabalho era dela e se é dela, as regras são dela e blá, blá, blá, feminismo com patê, blá, blá, blá já sei. Mas era um trabalho meio difícil de encarar, ele bem podia ter falado “ não te julgo, mas vai ser namorada de outro que comigo não dá”, mas ele preferiu não surtar, o que pode ter acontecido tbm pq ela já tinha pedido demissão quando ele descobriu, enfim, amei o moço nesse ponto.
Quando ele abandonou a Paris no meio de uma transa, por um motivo que a gente só vai entender (e se enfurecer) umas páginas pra frente, eu queria fazer farofa dos dentes dele.
Agora quando a gente descobre o motivo real pelo qual ele começou o lance todo com a Paris, minas da minha vida, nesse ponto eu arranquei a calcinha da bunda, endireitei as costas e quis fazer geleia com os zóio dele e depois cuscuz cazunha do cabra. Filho de uma égua, traidor, mentiroso, maldito do canto alheio do mundo (sim, eu xingo feito uma lady, me deixa, ok?!).
Que palhaçada cara! Se eu fosse a Paris teria esperneado muuuuuuuito mais e ainda tinha dado uns pegas com o chefe magia dela que tinha sido vocalista de uma boyband e tudo. Onde já se viu fazer isso com a pessoa que ele dizia amar? Vá pro calango que o carregue!
Mas nossa intrépida mocinha acaba por perdoa-lo sem grandes estardalhaços, e no fim a gente vê que ela tá certa, pq rancor da rugas né minha gente? E ninguém merece equilibrar a lentidão do metabolismo com rugas, ninguém merece!!!
Depois desse grande estrondo, o livro corre sem grandes palpitações cardíacas, as pendengas posteriores à grande pendenga ficam por conta da ex-namorada que nem merece o nome mencionado de tão ridícula e pouco criativa que é, sinceramente achei a participação dele beeeem desnecessária, mas não fui eu que escrevi o livro, né minha gente? O jeito é a gente se conformar cas porcaria tudo.
Se a Chantal quisesse, ela poderia dar sequencia ao livro pq tem alguns personagens que formam par ao longo da trama e que poderiam ganhar suas histórias retratadas em poucas páginas, mas como eu disse antes, a Chantal não quis enrolar, foi lá sentou no computador, gastou duas horas, fez o livro e mandou pra editora, não tava pra palhaçada nem bolodorios de series e continuações hahahahahahahahaha.
Uma coisa me chamou a atenção, nos outros livros da Chantal que eu li, mesmo os que são avulso na vida, ela cruza as histórias com outros livros dela, dá uma ou duas pinceladas nos personagens de outros livros, meio que pra gente saber que eles estão vivos por aí no mundo literário, acho legal isso, mas dessa vez nem essa revisita rolou. Ela foi lá e pow, criou uma história simples e rápida, com um ou outro cliché, mas foi bem sucedida.
Só um aviso: se você é do tipo que ama aquelas cenas quentes que acontecem do mais absoluto nada, tipo o cara levou dez tiros e tava pronto pra três bimbadas, ou o casal acabou de voltar o enterro da vó mais fofa do mundo e transou pra afastar a tristeza (?????) este não é um livro para a sua pessoa e seus gostos. Rola sexo? Claro, sem sexo não tem romance, mas as cenas são descritas sem muito detalhamento e as ocasiões em que elas são narradas são bem plausíveis, tipo em momentos que você e eu também poderíamos pensar em sexo sem parecer exagerado ou lunático, como eu vejo as vezes.
Em uma escala de 0 a 10 eu daria uns 5,75 pra esse livro!

Até a próxima, gente!
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